quinta-feira, dezembro 23, 2021

Fundão “bomba” Miguel


Por Magno Martins

Uma das maiores excrescências do Congresso, o novo fundo partidário, chamado de Fundão, aprovado pelo Congresso na semana passada garantiu às legendas brasileiras um montante inédito de recursos públicos no ano eleitoral de 2022. Um total de R$ 4,96 bilhões ficará à disposição dos partidos para o financiamento das campanhas e o custeio das agremiações. Este valor é a soma das duas reservas financeiras e representa um aumento de 92,5% em relação a 2018, em valores corrigidos pela inflação.

A distribuição dos recursos públicos entre os partidos é baseada, principalmente, no tamanho das bancadas eleitas na Câmara. Com isso, PSL e PT ficarão com as maiores fatias dos recursos públicos: R$ 604 milhões e R$ 594 milhões, respectivamente. Somando-se o montante do PSL com o destinado ao DEM (R$ 341,7 milhões), o União Brasil – legenda que nascerá da fusão dos dois partidos – contará com um quase R$ 1 bilhão em dinheiro público no ano que vem.

Articulada por Luciano Bivar (PSL) e ACM Neto (DEM), a nova legenda aguarda referendo da Justiça Eleitoral e se tornou um dos mais valiosos na eleição do próximo ano. É nela que o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, faz todas as apostas para turbinar sua campanha para o Governo do Estado, ao mesmo tempo atraindo para a sua aliança o maior número de candidatos na disputa proporcional, tanto para a Alepe quanto para a Câmara Federal.

Pelo placar de 358 a 97 votos, a Câmara aprovou, na terça-feira passada, o relatório final do Orçamento de 2022, apresentado pelo relator, deputado Hugo Leal (PSD-RJ), que destinou R$ 4,9 bilhões para campanhas eleitorais no ano que vem e R$ 1,06 bilhão para o Fundo Partidário.

Voto da maioria – Com críticas ao valor do fundo eleitoral e do montante reservado às emendas do orçamento secreto, quatro partidos orientaram suas bancadas pela rejeição do Orçamento: PCdoB, PSOL, Novo e Podemos, do pré-candidato à Presidência da República Sérgio Moro. Os demais orientaram voto “sim”. No Senado, o texto enviado pela Câmara foi aprovado integralmente, sem destaques. Podemos, Rede e Cidadania orientaram pela não aprovação do texto. PDT, PSDB e PROS liberaram as bancadas. Os demais partidos orientaram pela aprovação do texto.

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